Histórico

O movimento “Mulheres Progressistas” nasceu no dia 16 de maio de 2015 com o intuito de defender uma maior abertura para representantes do sexo feminino nas casas de leis de todo o país. A marcha surgiu devido a indignação da ,até então, presidente da comissão provisória do PMDB Mulher de Guarujá, Eliane Belfort, ao saber da posição do deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI), presidente da comissão provisória de reforma política, em relação as cotas femininas. O parlamentar afirmou que a questão não chegaria nem a entrar em votação na câmara pois a julgava inconstitucional.

Insatisfeita com a colocação do companheiro de partido, Eliane compartilhou sua frustração com outras peemedebistas de Guarujá e elas compreenderam que deveriam tomar alguma atitude. Após dois dias da declaração de Castro, um ato de repúdio, em forma de carta, chegava aos gabinetes do presidente da Câmara Federal, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente do Senado, o Senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente nacional do PMDB e vice-presidente da República, Michel Temer, presidente estadual do PMDB-SP, o deputado Baleia Rossi. Também foram enviadas cópias para toda a bancada do PMDB do Senado e da Câmara, além da bancada feminina.

Na carta assinada por Eliane Belfort, Ednéia Zeferino, Creusa Mattos, Maria Angélica Cruz, Maria Marly Muniz e diversas outras mulheres, as progressistas discordam veemente de Marcelo Castro. Ele credita a ausência de mulheres na política devido a falta de interesse do segmento. As Progressistas afirmam que tal discurso não representa verdade e é apenas um argumento machista e raso que busca a fácil solução de jogar a culpa nas mulheres e não assumir que historicamente o Estado nunca ofereceu as mesmas oportunidades que foram reservadas ao sexo masculino, fato que já foi discutido e é reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal.

No dia 19 de maio, a carta de repúdio escrita pelas Progressistas foi lida pelo vereador Toninho Salgado (PDT-SP), na Câmara Municipal de Guarujá em uma ação de manifesto. A iniciativa das mulheres ganhou o apoio de diversas lideranças da Baixada Santista e grande São Paulo, entre elas a ex-prefeita de Santos, Telma de Souza (PT-SP), que enviou uma carta de incentivo a causa defendida pelo grupo, assim como a deputada estadual, Vanessa Damo (PMDB-SP), eleita por Mauá que ocupa atualmente o cargo de presidente estadual do PMDB Mulher. Os vereadores Luciano Tody e Luciano China (ambos do PMDB-SP, eleitos por Guarujá) e Nilton Leopoldino, presidente do PMDB da mesma cidade também acenaram à favor da massa feminina.

Um ato de manifesto em prol as cotas de gênero, realizado no dia 21 de maio, trouxe outros partidos para a marcha do “Mulheres Progressistas”, tornando-se assim um movimento que não era apenas do PMDB, mas sim de todos que acreditam em uma sociedade mais solidária e justa. Atualmente o “Mulheres Progressistas” ganhou a adesão de mulheres em todo o país, entre as fíguras mais conhecidas está a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), autora da primeira lei do sistema de cotas.

COTAS VOTADAS

Apesar da declaração do presidente da comissão provisória de reforma política, a lei de cotas femininas conseguiu ser votada no dia 18 de junho pela Câmara Federal em forma de Emenda Aglutinativa exigindo que 30% das cadeiras do congresso fosse destinada as candidatas. A Emenda não passou por conta de 15 votos contrários. Em reunião realizada no dia 22 de junho, com o intuito de definir novos rumos ao “Mulheres Progressistas” a vereadora Cida Ferreira (PMDB-SP) criou a campanha “Mais Mulheres Eleitas Já”. No último dia 25, a participação feminina na política ganhou um reforço. O Plenário do Senado aprovou em primeiro a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 98/2015, que reserva um percentual mínimo (10% na primeira legislatura, 12% na segunda e, finalmente, 16% na terceira) de cadeiras nas representações legislativas em todos os níveis federativos. Assim, a medida atinge Câmara dos Deputados, assembléias legislativas, câmara legislativa do Distrito Federal e câmaras municipais. A proposta foi aprovada em primeiro turno com 65 votos favoráveis e 7 contrários. O objetivo do “Mulheres Progressistas” além de eleger mais mulheres é preparar e capacitar as mulheres para fazerem realmente a diferença e promover seu empoderamento na vida pessoal e também social.

ASSOCIAÇÃO

Fundação da Associação Mulheres Progressistas

Ao completar um ano de atividade, o movimento, já consolidado, constituiu-se formalmente, e um ano após sua formação foi criada a Associação Mulheres Progressistas.

FUNDADORAS e DIRETORIA DA ASSOCIAÇÃO MULHERES PROGRESSISTAS

Para saber as datas dos eventos mais importantes, e detalhes dos mesmos, acesse Linha do Tempo